Acesso e diversidade cultural
Valorizar a
diversidade cultural. Proteger e promover as artes e expressões culturais.
Universalizar o acesso à arte e à cultura. Qualificar ambientes e equipamentos
culturais para a formação e fruição do público. Permitir aos criadores o acesso
às condições e meios de produção cultural. (Plano Nacional de Cultura)
A formação sociocultural do Brasil é marcada por
encontros étnicos, sincretismos e mestiçagens. É dominante, na experiência
histórica, a negociação entre suas diversas formações humanas e matrizes
culturais no jogo entre identidade e alteridade, resultando no reconhecimento
progressivo dos valores simbólicos presentes em nosso território. Não se pode
ignorar, no entanto, as tensões, dominações e discriminações que permearam e
permeiam a trajetória do País, registradas inclusive nas diferentes
interpretações desses fenômenos e nos termos adotados para expressar as
identidades.
A diversidade cultural no Brasil se atualiza – de
maneira criativa e ininterrupta – por meio da expressão de seus artistas e de
suas múltiplas identidades, a partir da preservação de sua memória, da reflexão
e da crítica. As políticas públicas de cultura devem adotar medidas, programas
e ações para reconhecer, valorizar, proteger e promover essa diversidade.
Esse planejamento oferece uma oportunidade histórica
para a adequação da legislação e da institucionalidade da cultura brasileira de
modo a atender à Convenção da Diversidade Cultural da Unesco, firmando a
diversidade no centro das políticas de Estado e como elo de articulação entre
segmentos populacionais e comunidades nacionais e internacionais.
O acesso à arte e à cultura, à memória e ao
conhecimento é um direito constitucional e condição fundamental para o
exercício pleno da cidadania e para a formação da subjetividade e dos valores
sociais. É necessário, para tanto, ultrapassar o estado de carência e falta de
contato com os bens simbólicos e conteúdos culturais que as acentuadas
desigualdades socioeconômicas produziram nas cidades brasileiras, nos meios
rurais e nos demais territórios em que vivem as populações.
É necessário ampliar o horizonte de contato de nossa
população com os bens simbólicos e os valores culturais do passado e do
presente, diversificando as fontes de informação. Isso requer a qualificação
dos ambientes e equipamentos culturais em patamares contemporâneos, aumento e
diversificação da oferta de programações e exposições, atualização das fontes e
canais de conexão com os produtos culturais e a ampliação das opções de consumo
cultural doméstico.
Faz-se premente diversificar a ação do Estado,
gerando suporte aos produtores das diversas manifestações criativas e
expressões simbólicas, alargando as possibilidades de experimentação e criação
estética, inovação e resultado. Isso pressupõe novas conexões, formas de
cooperação e relação institucional entre artistas, criadores, mestres,
produtores, gestores culturais, organizações sociais e instituições locais.
Estado e sociedade devem
pactuar esforços para garantir as condições necessárias à realização dos ciclos
que constituem os fenômenos culturais, fazendo com que sejam disponibilizados
para quem os demanda e necessita.
Objetivo geral 5. GARANTIR A TODA A POPULAÇÃO O ACESSO À FRUIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS CULTURAIS
Objetivo específico 5.1. Incentivar a produção artística local.
Ações:
Formação de público
5.1. 1.
RETOMAR
e VALORIZAR o Festival de Música de Porto Alegre, promovendo ações
descentralizadas (oficinas, shows e debates) em espaços como parques, escolas,
centros comunitários e equipamentos culturais públicos, contemplando a
diversidade de gêneros musicais, agregando artistas profissionais e amadores e
promovendo a interação e o intercâmbio de artistas locais com artistas de
outros estados do Brasil e da América Latina. (GT, segmento música)
5.1. 2.
CRIAR
projeto de formação de público, para interagir com o artista e despertar
interesse nas diversas áreas culturais, com acesso gratuito, por meio de lona
itinerante
Grandes eventos
5.1. 3.
GARANTIR
a realização dos seguintes salões e mostras de artes visuais: Salão da Câmara de Porto Alegre, conforme Lei nº
6.152/1988; Salão de Desenho Infantil, conforme Lei nº 9.649/2004; Salão do
Jovem Artista, conforme Decreto Nº 5.385/1975 e a Mostra de Arte da Pessoa
Portadora de Deficiência, conforme Lei nº 7.783/1996, visando incentivar a
produção artística local. (GT)
5.1. 4.
CRIAR
um Salão de Gravura com periodicidade bienal, com prêmios de aquisição nacional
e internacional.
5.1. 5.
CRIAR um
Salão de Arte, com periodicidade bienal, com premiação de aquisição.
5.1. 6.
REALIZAR
o Festival de Arte da Cidade nos Bairros
5.1. 7.
RETOMAR o Festival de música regionalista
“Laçador do Canto Nativo de Porto Alegre”. (segmento música)
5.1. 8.
REALIZAR
encontros temáticos internacionais de cultura.
5.1. 9.
REALIZAR
encontros culturais de arte com temática de matrizes étnicas.
5.1. 10.
CRIAR o Rodeio Crioulo e Artístico de Porto
Alegre em parceria da Secretaria Municipal da Cultura com o Movimento
Tradicionalista Gaúcho. (Segmento Folclore, segmento música)
5.1. 11.
CRIAR
um encontro anual de fotografia, como era realizada a “Semana da Fotografia”
5.1. 12.
POTENCIALIZAR a “Semana da Capoeira” com a
mostra de cânticos de Capoeira para
talentos e novos talentos da área expressarem músicas regionais.
5.1. 13.
CRIAR
condições p/participação dos artistas circenses em festivais e convenções.
5.1. 14.
Promover
encontros culturais de arte com a temática de mulheres, feminismo e gênero.
5.1. 15.
Apoiar
e fortalecer o Encontro de Percussão de Porto Alegre (PercPoA),
disponibilizando local adequado e equipamento cultural de apoio, bem como
subsídios necessários a sua realização.
5.1. 16.
Elaborar,
em parceria com o Gabinete do Povo Negro e as entidades que representam a
comunidade cultural negra, um prêmio que contemple projetos nas áreas de artes
visuais, circo, dança, música, teatro e preservação da memória, direcionados
especificamente ao povo negro.
5.1. 17.
Elaborar,
em parceria com a Coordenação Municipal da Mulher e as entidades civis que
representem os interesses das mulheres, um prêmio que contemple projetos nas
áreas de artes visuais, circo, dança, música, teatro e preservação da memória,
direcionados especificamente às mulheres.
Projetos setoriais
5.1. 18.
CRIAR o
projeto “Fotos no Ônibus”, a exemplo do já existente “Poemas no Ônibus e no
Trem”.
5.1. 19.
AMPLIAR
as ações culturais que valorizem e propiciem contato com o Lago Guaíba, a
exemplo do extinto Projeto “Por do Sol”.
5.1. 20.
INCENTIVAR
a realização e as atividades dos blocos de rua e comunitários do carnaval da
cidade.
5.1. 21.
PROMOVER
a dança, criando e ampliando programas de apoio à manutenção das companhias e grupos independentes.
5.1. 22.
APOIAR
os grupos de pagode, hip hop, teatro amador e todos os gêneros
artísticos, em sua diversidade cultural.
5.1. 23.
FOMENTAR
o artesanato local produzido em madeira, metal, couro, reciclagem de materiais
industrializados.
5.1. 24.
CRIAR
ações e projetos de fomento ao artesanato indígena.
5.1. 25.
Assegurar a manutenção e regularização do Grupo
Experimental de Dança e Escola Livre de Dança.
Prêmios
5.1. 26.
INCREMENTAR
os prêmios literários da SMC, com maior premiação e ampliação das edições e
tiragens.
5.1. 27.
Criar um prêmio da cultura feminista na cidade
de Porto Alegre.
5.1. 28.
CRIAR
a categoria de jovens talentos regionais no
programa música dos Gaúchos. (segmento música)
programa música dos Gaúchos. (segmento música)
Objetivo específico 5.2. Promover a acessibilidade física e atitudinal (Lei Federal 10.098/2000)
Ações:
5.2. 1.
DOTAR
os equipamentos culturais públicos de acessibilidade, por meio de rampas,
banheiros adaptados e elevadores. (GT)
5.2. 2.
PROPORCIONAR
oficinas e cursos artísticos para inclusão dos PCDs em conjunto com os demais.
5.2. 3.
CRIAR
uma contrapartida nos projetos aprovados no município para terem intérpretes de
libras e áudio-descrição.
Objetivo específico 5.3. Incentivar e promover diversificadamente a circulação da produção cultural
Ações:
5.3. 1.
DESCENTRALIZAR
as ações de leitura em todas as regiões.
5.3. 2.
CRIAR
parcerias com os ateliês de arte.
5.3. 3.
PROMOVER
e dar visibilidade aos resultados das oficinas da Descentralização da Cultura,
através de intercâmbio, mostras, exposições e outros meios, a serem
realizados em equipamentos públicos da cultura em toda a cidade. (GT)
5.3. 4.
IMPLANTAR
um ônibus itinerante cultural, para percorrer as regiões da cidade, equipado
com materiais e educadores.
5.3. 5.
CRIAR
ações educativas, junto ao circuito de artes com disponibilidade de ônibus para
as regiões da periferia.
5.3. 6.
CRIAR o
circuito de turismo cultural nas regiões.
5.3. 7.
CRIAR
atividades de turismo cultural para as áreas de preservação ambiental, com
abertura de trilhas naturais e capacitando os jovens do local para o trabalho. Tais
ações não poderão ser privatizadas e devem acompanhar a criação de políticas
públicas de preservação desses morros.
5.3. 8.
CRIAR
programas de editais para apoio à circulação dos músicos locais selecionados
para participarem de eventos em outros estados ou países.
5.3. 9.
CRIAR
biblioteca itinerante com espaço lúdico, com acervo de todas as áreas do
conhecimento e ações de fomento à leitura nas regiões.
5.3. 10.
AMPLIAR
a edição da Feira de Troca de Livros descentralizando-a nas regiões de Porto
Alegre.
5.3. 11.
RESGATAR
o projeto “Trova na Lotação”.
5.3. 12.
ADQUIRIR
exemplares dos livros selecionados pelo prêmios Açorianos para as bibliotecas
escolares, quando adequados ao público escolar.
5.3. 13.
REALIZAR
mostras de trabalhos produzidos nas regiões da OP nos espaços municipais de
cultura.
5.3. 14.
GARANTIR
infraestrutura para intercâmbio das oficinas, criar evento de aula inaugural e
manter rede integrada de visitação entre as regiões.
5.3. 15.
PROMOVER
seminários descentralizados com escritores, poetas, contadores de histórias e
causos populares, valorizando a cultura local.
5.3. 16.
CRIAR e
INCENTIVAR mostras e festivais de cinema popular ao ar livre, nas praças e
outros espaços da periferia.
5.3. 17.
REALIZAR
mostras de filmes “verdes” nos parques, difundindo a prática da preservação
ambiental com consciência individual e coletiva.
5.3. 18.
CRIAR o
“Foto nas Telas”, entre circuitos exibidores institucionais.
5.3. 19.
CRIAR
mostra ou festival de fotografia para estudantes.
5.3. 20.
REALIZAR
anualmente festival de cinema estudantil.
5.3. 21.
CRIAR
projetos para a circulação da dança.
5.3. 22.
CRIAR
circuito de apresentação circense.
5.3. 23.
AMPLIAR
o Porto Alegre em Cena, realizando ações descentralizadas durante todo o ano,
com ingressos acessíveis e ampliando a participação de grupos teatrais locais e
das oficinas da descentralização. (GT)
5.3. 24.
REALIZAR
mostras e intercâmbios de fotógrafos e oficineiros de fotografia nos bairros.
5.3. 25.
CRIAR
um circuito itinerante de exibição de filmes nacionais em todas as regiões da
cidade, com temática de consciência político-cultural, retomando o projeto
“Circuito Popular de Cinema”.
5.3. 26.
AUMENTAR a divulgação e o número de mostras gratuitas
na Sala P. F. Gastal. (Fundações e entidades)
5.3. 27.
AMPLIAR
as mostras e festivais audiovisuais para público em situação de vulnerabilidade
social e privado de liberdade.
5.3. 28.
CRIAR
ações com linguagem do teatro com a temática de tradição e folclore.
5.3. 29.
CRIAR
projetos artísticos para o protagonismo do público idoso, com a finalidade de
reintegrá-los à sociedade.
5.3. 30.
AUMENTAR
o número de selecionados e o circuito exibidor do concurso “Curta nas Telas”.
5.3. 31.
AMPLIAR
a oferta de transporte gratuito para acesso à programação cultural e eventos
pré-carnavalescos.
5.3. 32.
Motivar
e divulgar a frequência à programação cultural nos bairros com publicidade pela
SMC.
5.3. 33.
GARANTIR
a permanência da “Descida da Borges”, com reforço na segurança e infraestrutura,
e incluir no Calendário de Eventos do Município.
5.3. 34.
GARANTIR o uso do espaço público por artistas de
rua e para manifestações culturais, alterando as Leis 10.376/2008 e 11.213/2012.
5.3. 35.
IMPLANTAR a linha do bonde turístico no centro
histórico, conforme projeto existente.
Objetivo específico 5.4. Incentivar e promover a difusão da produção cultural
Ações
5.4. 1.
FORTALECER
e MODERNIZAR a Rádio Web da prefeitura e utilizá-la para promoção da música
local.
5.4. 2.
CRIAR emissora de TV web e REVER a forma de
funcionamento da rádio web, com conselhos
gestores formados com participação
majoritária da sociedade civil, incluindo artistas e ativistas culturais
da área de mídia livre e produção audiovisual.
5.4. 3.
AMPLIAR
a divulgação dos editais do FUMPROARTE, com a realização de oficinas de
formação em todas as regiões, disponibilizando as aulas em vídeos que possam
ser acessados via internet.
5.4. 4.
INCENTIVAR
a criação de rádios e TVs web comunitárias, e o acesso livre e universal
à internet para a fruição desses meios de comunicação.
5.4. 5.
GARANTIR
espaços na programação audiovisual da TV Câmara para veiculação de conteúdos de
produção independente, incluindo aqueles produzidos em pontos de cultura e coletivos
de Mídia Livre e outros movimentos sociais.
5.4. 6.
CRIAR
núcleos comunitários de comunicação com perspectiva de fornecer aparatos
técnicos e instrumentais para que a sociedade construa e socialize suas
produções.
5.4. 7.
INCLUIR
nos projetos de comunicação os diversos gêneros, raças e etnias, valorizando a
diversidade da sociedade de Porto Alegre.
5.4. 8.
FOMENTAR
a execução de obras de artistas locais e cobertura de eventos relacionados à
música , priorizando as mídias alternativas e os coletivos de comunicação.
5.4. 9.
AMPLIAR
a divulgação dos prêmios, concursos e editais em todas as áreas da SMC.
5.4. 10.
INCLUIR
nos projetos de comunicação os diversos gêneros, raças e etnias, valorizando a
pluralidade da sociedade de Porto Alegre.
5.4. 11.
Assegurar
a citação dos nomes dos autores das músicas na radio Web e outros veículos de
comunicação da prefeitura, segundo a Lei 9.610/98.
5.4. 12.
CRIAÇÃO
de um prêmio para a dança com shows dos estilos que compõem as danças urbanas,
dançarino, trabalho social de dança, companhia, crew ou grupo de danças
urbanas.
5.4. 13.
CONTINUAR
os Seminários de vários estilos de dança contemporânea, clássica, danças
urbanas com profissionais da capital, estado RS, país e exterior.
5.4. 14.
Implementar
uma programação de exibição de filmes produzidos pelas comunidades
periféricas de Porto Alegre na Sala PF Gastal.
5.4. 15.
CRIAR
festivais de danças urbanas com o intuito de difundir e proporcionar intercâmbio
de conhecimentos, técnicas, geração de renda, fortalecendo os estilos de danças
urbanas.
5.4. 16.
Proporcionar
intercâmbios de dançarinos da capital e do estado com dançarinos do mundo com o
propósito de tornar estes ativistas, produtores culturais, socioeducadores e
artistas de se capacitarem trazendo profissionais e levando profissionais deste
segmento.
5.4. 17.
Fortalecer
a identidade, os direitos trabalhistas e humanos dos artistas e artesãos
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